Hoje, dia 13 de dezembro, celebramos o dia nacional do Deficiente Visual, promovido com o objetivo de valorizar e dar visibilidade para essas pessoas na sociedade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 2021, estima-se que o Brasil apresenta mais de 7 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência visual, e destas, 580.000 são completamente cegas, seja por causas congênitas ou adquiridas. Nesse sentido, como um público significativo na sociedade, o dia da pessoa com deficiência visual lembra da importância e protagonismo desses sujeitos em diferentes espaços como a escola, onde é cada vez mais necessário a promoção de estratégias e oportunidades que garantam o direito pela inclusão escolar do Deficiente Visual. Para tanto, diversos são os recursos utilizados com esses estudantes dentro e fora da escola, potencializando seus desenvolvimentos e valorizando suas características de aprendizagem. No caso dos estudantes cegos, o Sistema Braille, o Soroban, a Orientação e Mobilidade, são alguns desses recursos. O modo como devem ser trabalhados também irá requerer orientações específicas para a devida utilização junto à pessoa cega.
A Orientação e a Mobilidade tratam basicamente de desenvolver no estudante cego a autonomia para locomover-se sozinho em diferentes espaços. O instrumento mais utilizado é a bengala de orientação, um material de plástico ou de metal, de formato alongado e com espessura e cumprimento variáveis. Para o devido uso da bengala ou mesmo o modo de guiar uma pessoa cega determinadas orientações se farão necessárias:
1) A bengala a ser utilizada deve respeitar a altura da pessoa cega, estando até abaixo do peito;
2) A bengala deve ser utilizada com movimentos de varredura no chão, da direita para a esquerda e da esquerda para a direita, no intuito de verificar possíveis obstáculos no piso em que a pessoa cega irá passar;
3) Nunca pegue numa pessoa cega puxando por sua bengala, pois é um comportamento desrespeitoso e desconfortável para ela;
4) Ao conduzir uma pessoa cega, sempre pergunte antes à ela como gosta de ser conduzida, pois cada sujeito possui suas preferências;
5) O modo de conduzir uma pessoa cega também irá depender da sua altura e da altura de quem irá guiar. Se o condutor for mais alto, recomenda-se que o Deficiente Visual pegue em seu braço, caso seja da mesma altura ou mais baixo, o mais indicado é que a pessoa cega pegue em seu ombro;
6) Ao passar por espaços estreitos, sempre sinalize para a pessoa cega que isso irá acontecer, levando o braço para trás, e ao retornar para uma passagem larga, volte o braço para a posição inicial.